Na maioria dos casos, as escolas portuguesas não são propriamente locais confortáveis e seguros. No inverno, tirita-se de frio, no verão, assa-se com o calor, e durante todo o ano, as coberturas de amianto põem em risco a saúde de quantos lá estudam ou trabalham.
Mas a sua requalificação, que há muito urgia, vai finalmente acontecer. É bom.
Mesmo que seja apenas a pretexto do combate à crise e ao desemprego.
Mesmo que as obras, decorrendo numa altura crítica do calendário escolar, venham a perturbar, inevitavelmente, as condições de trabalho de alunos e professores.
Mesmo que tudo isto, incluindo a necessária renovação de equipamentos e difusão de novas tecnologias, de nada valha se não for acompanhado de uma política educativa baseada no rigor e exigência das aprendizagens e na valorização dos recursos humanos.
É que, por mais Magalhães que se distribua às crianças, por maior que seja o choque tecnológico, por mais modernas que sejam as nossas escolas, se os professores continuarem a ser desautorizados, ofendidos, humilhados, a Escola Pública não terá futuro. Com tudo o que isso representaria de trágico para o país.
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