domingo, fevereiro 22, 2009

Não basta ser sério, é preciso parecê-lo!

Primeiro, a história mal contada da licenciatura por fax. Depois, a telenovela do licenciamento relâmpago do Freeport, as cunhas do tio Júlio e o misterioso desaparecimento de quatro milhões de euros, de luvas. E a assinatura de projectos de moradias, feitos por outros, na Câmara da Guarda. E mais a compra do andar da mãe numa empresa sediada num paraíso fiscal. E ainda a declaração do prédio onde mora por um valor muito inferior ao seu verdadeiro preço. E agora a nomeação de homens de confiança nos cargos mais diversos criando uma rede tentacular de influência. Enfim, cada cavadela, cada minhoca — num país onde a Justiça é lenta e frouxa perante os fortes, ainda bem que a imprensa é livre e corajosa!
Depois de todos estes indícios — e a procissão ainda vai no adro — José Sócrates até pode nem vir a ser constituído arguido e, muito menos, condenado do que quer que seja, mas além de já ser tido por mentiroso, de uma coisa não se livrará mais: a suspeita de um comportamento falho de seriedade e de transparência. E a um primeiro-ministro, como à mulher de César, não basta ser sério, é preciso parecê-lo!

2 comentários:

  1. Pelosvisto agora já não se pode trabalhar com supostos "suspeitos"... e eis um belo exemplo da baixeza a que chega este "jornalimo" dito de referência... Publicam assim umas coisitas, deixam insinuações no ar e o povinho "desconfiadinho" que junte dois e dois mesmo que sejam dois nabos e duas balelas... Imaginem só a seguinte "notícia" : Director do Público teve relações próximas com suspeito de pedofilia . A nossa investigação descobriu documento e fotografias que mostram JMF a cumprimentar sorridente, (amigavelmente ?), Carlos Cruz em 2002.... Agora os leitores imaginem o resto ... E se isto não for suficiente ainda se juntam mais uma dicas para compor o cenário... Ah António Aleixo, que já há uns anos dizias que "para a mentira ser fecunda ...

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  2. Pois é caro… anónimo, pelos vistos as coisitas não passam de lamentáveis coincidências, ou mesmo de uma terrível campanha negra dos malandros dos jornalistas e da Direita (a verdadeira e a "outra" — a plebeia e a chique, como vomita o malhador SS).
    Sabe que mais, num país de brandos costumes, anestesiado pela propaganda do poder e a inoperância da Justiça, ainda bem que há liberdade de imprensa!
    Ademais, quem não quer ser lobo, não vista… Armani!

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