"Ao continuar a apoiar os instrumentos do Tesouro americano, a China reconhece a nossa interdependência. Claramente, vamos sair disto juntos ou cair juntos".
Palavras de Hillary Clinton, que pediu à China, que é a primeira detentora de títulos do Tesouro norte-americano, para continuar a comprá-los , numa altura em que a maior economia mundial enfrenta o crescimento da sua gigantesca dívida , há muito tempo financiada pelo investimento de países estrangeiros em obrigações emitidas pela Reserva Federal americana (FED).
Porém, há quem pense que não só a China, mas também o Japão e a Arábia Saudita, países que detêm quantidades enormes de títulos da dívida do Tesouro dos EUA, querem é vendê-los antes que desvalorizem ainda mais. E, como os americanos já não conseguem poupar, só resta à FED imprimir "nota verde" para comprar Títulos do Tesouro e, desse modo, financiar a Administração.
Quando isto acontecer — e receio que não falte muito — o dólar americano deixará de ser divisa de reserva, deixará de ter valor, passará a divisa de uma "república das bananas".
Os EUA deixarão de poder pagar as importações, um problema grave para um país dependente de energia, bens manufacturados e produtos de tecnologia avançada. [cf. Paul Craig Roberts, aqui]
Pensam que isto é ficção? Os próximos meses, sim meses, encarregar-se-ão de mostrar que é muito ténue a fronteira entre a ficção e a realidade.
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