A carta que há dois anos escrevi ao Zeca, com as palavras que ele nos deixou, permanece dolorosamente actual.
Ele bem queria que esta fosse uma terra da fraternidade mas, vinte e dois anos depois do seu falecimento (e trinta e cinco após Abril), por cá, quem trepa no coqueiro é o rei e os vampiros continuam a chupar o sangue fresco da manada.
Num tempo em que a injustiça social é mais aguda que nunca e a democracia jamais esteve tão adormecida, o que faz falta é acordar a malta.
Estarás sempre connosco, Zeca Afonso!
Durante algum tempo pensei que as palavras do Zéca ficavam apenas para a memória duma geração, que se desactualizariam com a construção da democracia. Tinha esperança que fosse impossível voltar a viver no meio de vampiros. Afinal, hoje, parece-me que nada há de tão actual na nossa vida cultural e política. Os vampiros, afinal, sempre por aqui andaram e foram proliferando como coelhos. (Infelizmente, enganei-me)
ResponderEliminar"Homero"
As palavras do Zeca Afonso estão mais actuais que nunca. Viva Zeca!!!
ResponderEliminar"....são os mordomos do universo todo..." "...eles comem tudo eles comem tudo..."
ResponderEliminarATÉ QUANDO!??!?!?!!?!?
Garção:
ResponderEliminarSó enquanto nós deixarmos...
Só enquanto não soubermos ir para a rua exigir melhor do que "isto"
"Seremos muitos!
Seremos ALGUÉM!!!!!!"
"Homero"