Estivemos a ver o "Opinião Pública", na SIC Notícias, sobre a "Violência na Manifestação" e, resumidamente, algumas perguntas muito claras se nos impõe fazer e forçosas conclusões retirar.
Assim, dado que o arremesso de pedras e as provocações à "polícia de choque" (eufemisticamente designada por corpo de intervenção) partiram de uma vintena de arruaceiros que se encontravam mesmo nas barbas dos agentes e bem destacados da grande massa de cidadãos que legal, pacífica e legitimamente manifestavam a sua indignação contra o governo, pergunta-se:
1. Por que não foram esses indivíduos imediatamente presos pela Polícia (dita) de Segurança Pública, que, como as fotos (foto 1, foto 2, foto 3, foto 4) documentam, até tinha agentes à paisana infiltrados na manifestação (afinal, com que intenção? prender os provocadores ou colaborar na provocação???)?
2. Por que só passadas duas longas horas o corpo de intervenção se decidiu a intervir, quando se aproximava a hora dos jornais televisivos e da grande "informação", transformando aquele facto na notícia do dia?
3. Por que é que o corpo de intervenção, que supostamente existe para defender o Estado de Direito democrático e as liberdades, direitos e garantias, carregou de forma brutal e indiscriminada (foto 1, foto 2, foto 3) sobre tudo o que mexia e o que não mexia, num perímetro muito para além do largo da Assembleia, incluindo as avenidas e ruas adjacentes, em vez de o fazer apenas no raio de 20/30 metros onde se encontravam os elementos desordeiros?
4. Afinal, a quem interessou esta brutal e mediática carga policial (a maior desde 1990, precisamente quando Cavaco era Primeiro-ministro) que outra coisa não foi senão uma grosseira violação de direitos humanos (cuja explicação a própria Amnistia Internacional já pediu ao governo)?
Tudo isto leva-nos a concluir que esta intervenção policial, tardia, indiscriminada, selvática, não aconteceu por acaso. Fez parte de uma táctica com objectivos que surgem agora com toda a nitidez. A saber:
1. Criar um facto/notícia que desvalorizasse e subalternizasse aquela que deveria ter sido, naturalmente, pela sua dimensão, a notícia do dia: uma das maiores greves gerais desde o 25 de Abril. E a que, por isso, não foi dado o relevo mais que devido.
2. Semear o medo nos cidadãos, em especial naqueles que agora estão a acordar para a participação cívica e para a luta pelos seus direitos, tentando desesperadamente fazê-los regressar ao "bom caminho" do "come e cala".
Esta intervenção e este comportamento da Polícia interessam pois ao Governo. E são da sua inteira e exclusiva responsabilidade.
De um governo que tudo faz para destruir a economia e a vida dos seus cidadãos.
De um governo que tudo faz para destruir o Estado Social e abandonar a esmagadora maioria das pessoas à sua sorte.
De um governo que tudo faz para "sequestrar, condicionar, amputar" o Estado de Direito democrático.
Cuidado, este governo mata a democracia!
Assim, dado que o arremesso de pedras e as provocações à "polícia de choque" (eufemisticamente designada por corpo de intervenção) partiram de uma vintena de arruaceiros que se encontravam mesmo nas barbas dos agentes e bem destacados da grande massa de cidadãos que legal, pacífica e legitimamente manifestavam a sua indignação contra o governo, pergunta-se:
1. Por que não foram esses indivíduos imediatamente presos pela Polícia (dita) de Segurança Pública, que, como as fotos (foto 1, foto 2, foto 3, foto 4) documentam, até tinha agentes à paisana infiltrados na manifestação (afinal, com que intenção? prender os provocadores ou colaborar na provocação???)?
2. Por que só passadas duas longas horas o corpo de intervenção se decidiu a intervir, quando se aproximava a hora dos jornais televisivos e da grande "informação", transformando aquele facto na notícia do dia?
3. Por que é que o corpo de intervenção, que supostamente existe para defender o Estado de Direito democrático e as liberdades, direitos e garantias, carregou de forma brutal e indiscriminada (foto 1, foto 2, foto 3) sobre tudo o que mexia e o que não mexia, num perímetro muito para além do largo da Assembleia, incluindo as avenidas e ruas adjacentes, em vez de o fazer apenas no raio de 20/30 metros onde se encontravam os elementos desordeiros?
4. Afinal, a quem interessou esta brutal e mediática carga policial (a maior desde 1990, precisamente quando Cavaco era Primeiro-ministro) que outra coisa não foi senão uma grosseira violação de direitos humanos (cuja explicação a própria Amnistia Internacional já pediu ao governo)?
Tudo isto leva-nos a concluir que esta intervenção policial, tardia, indiscriminada, selvática, não aconteceu por acaso. Fez parte de uma táctica com objectivos que surgem agora com toda a nitidez. A saber:
1. Criar um facto/notícia que desvalorizasse e subalternizasse aquela que deveria ter sido, naturalmente, pela sua dimensão, a notícia do dia: uma das maiores greves gerais desde o 25 de Abril. E a que, por isso, não foi dado o relevo mais que devido.
2. Semear o medo nos cidadãos, em especial naqueles que agora estão a acordar para a participação cívica e para a luta pelos seus direitos, tentando desesperadamente fazê-los regressar ao "bom caminho" do "come e cala".
Esta intervenção e este comportamento da Polícia interessam pois ao Governo. E são da sua inteira e exclusiva responsabilidade.
De um governo que tudo faz para destruir a economia e a vida dos seus cidadãos.
De um governo que tudo faz para destruir o Estado Social e abandonar a esmagadora maioria das pessoas à sua sorte.
De um governo que tudo faz para "sequestrar, condicionar, amputar" o Estado de Direito democrático.
Cuidado, este governo mata a democracia!