Mas, se esta situação é já de si deveras grave, é absolutamente inaceitável que, enquanto a maioria da população é flagelada pela crise, uma minoria dela se aproveite para locupletar-se imoralmente com o suor alheio, fazendo de Portugal um dos países com pior repartição do rendimento da UE27, tendo apenas abaixo de si a Letónia!
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A crise está aí, sem dúvida, mas não afecta os oligarcas da alta finança e os empresários dos grandes grupos económicos.
A crise está aí, sim, para os trabalhadores, os pequenos e médios empresários, a classe média (ou o que dela resta), para quem os sonhos e as promessas da Revolução dos Cravos se esvaneceram quase completamente.
Com o consentimento, porventura ingénuo, de muitos de nós, o bloco central matou Abril e arrumou as suas conquistas nas prateleiras da História. Por isso, só nos restam duas alternativas: carpir a memória do ente querido ou ressuscitá-lo. A escolha parece-me óbvia e há situações em que devemos ser crentes!…
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