Este acordo deixa-me muito satisfeito e quero felicitar publicamente a senhora ministra da Educação porque valeu a pena perseverar.
Fico muito satisfeito por todos os parceiros sociais terem reconhecido a importância da avaliação dos professores.
A oposição, há um mês atrás, o que queria era que se suspendesse a avaliação e que a ministra saísse do Governo. [Não aconteceu] nem uma coisa nem outra: a ministra está no Governo a conduzir de forma inteligente, capaz, determinada a política de educação e, por outro lado, a avaliação dos professores avança.
O mais importante é que o acordo refere que no próximo ano serão avaliados todos os professores, de acordo com as normas que constam do decreto regulamentar.
Disse muitas vezes que não seria mais um primeiro-ministro que passaria por este lugar sem fazer a avaliação dos professores, que nos últimos 30 anos prosseguiam na carreira sem nenhum tipo de avaliação.
Palavras de José Sócrates, comentando o acordo entre o Governo e os sindicatos, sobre a avaliação dos professores.
Palavras que nos suscitam, forçosamente, uma pergunta muito simples:
Foi para isto que se travou uma das lutas mais vigorosas e participadas de que há memória, no sector do ensino?
Se é professor, adivinho a sua resposta. E a sua desilusão…
Nota
O título desta posta começou por ser "O discurso da vitória" . Porém, depois do saudável debate com o companheiro FJSantos, acho que o actual fica bem melhor!
Devíamos fazer uma nova manifestação, desta vez contra os sindicatos.
ResponderEliminarAntónio Galrinho
Caro António Galrinho
ResponderEliminarA maior luta dos professores de que há memória saldou-se por um desastre (a palavra não é exagerada): em 2008/ 2009 seremos avaliados segundo o modelo do ME, que a própria Plataforma sindical considera burocrático, incoerente, desadequado e inaplicável, mas acabou por aceitar, e que apenas será (ou não) alterado no final do próximo ano lectivo; mas, pior do que isso, com o "entendimento" entre os Sindicatos e o Governo, a unidade, mobilização e a força que demonstrámos parecem ter ficado irremediavelmente comprometidas quando mais precisas seriam para combater, não apenas a avaliação imposta pelo ministério, mas também as injustiças do Estatuto da Carreira Docente.
De facto, parece-me que estamos mais sós do que nunca! Contra tudo e contra todos!…