"Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar!" (Sofia de Mello Breyner)
"Everybody's worried about stopping terrorism. Well, there's a really easy way: stop participating in it." (Noam Chomsky)
A invasão do Iraque, ao arrepio do Direito Internacional, da desaprovação da ONU e da contestação generalizada da opinião pública mundial, fundamentada na mentira das armas de destruição maciça que nunca apareceram, na invenção das ligações de Saddam à Al Qaeda que não existiam e na alegada democratização/ ocidentalização do Iraque cuja sementeira de destruição, morte e radicalismo está à vista, como estratégia para combater o terrorismo, aumentar a segurança mundial e pôr fim às arbitrariedades e injustiças de um regime que o próprio invasor ajudou a criar e apoiou, falhou por completo.
Desde logo, na Europa e noutras partes do mundo, de que os exemplos mais visíveis foram os trágicos atentados de Madrid, Bali (Indonésia) e Londres.
Mas também no Médio Oriente.
O Iraque "democratizado", depois do elevado preço que pagou pela invasão, é um verdadeiro "saco de gatos" e os actos terroristas -- que, por mais condenáveis que sejam, em muitos casos, quer se queira quer não, são acções de resistência ao ocupante -- não irão seguramente acabar até que, como no Vietname, os "yankees go home"!
No Irão, as eleições reconduziram os fundamentalistas ao poder que, para além de recuperarem o discurso incendiário contra o "ocidente infiél", numa declarada resposta à "cruzada" cega de Bush, ameçam e chantageiam com o desenvolvimento de projectos nucleares para fins que poderão não ser os mais pacíficos!
Agora, os palestinos, numa atitude que, mais do que a rejeição da via "moderada" da Fatah é sobretudo uma clara manifestação contra a política de Bush para o Médio Oriente, confiaram a maioria dos seus votos aos "extremistas" do Hamas!
Tudo em nome da "democracia", da "paz" do combate ao "terrorismo", dirá Bush, que, como qualquer ayatollah, se considera ungido por Deus, para travar a sua guerra "justiceira" contra o "eixo do mal". Claro que só mesmo as "más-línguas" é que podem dizer que tudo isto se deve à ânsia de controlar os recursos petrolíferos e ao apetite insaciável do complexo industrial-militar norte-americano!...
Com a invasão do Iraque, Bush abriu a boceta de Pandora!
Os faccão extremista que agora toma poder na Palestina não abona optimismo para um futuro de paz. Que é essencialmente o que falta no MO.
ResponderEliminarPandora que devora a boca sem dente,
ResponderEliminarE chora a morena na sua doce meiguice,
Como diz o poeta seu desejo se acelera,
Diante da perseguida meu membro endurece.
A dona da aranha se agita lentamente,
Sem que a minha cobra pedisse,
Ela se abre mole a minha espera,
E o meu desejo ela logo reconhece.
Perdido na sua gruta pandora,
Sinto parte de mim comido,
E mais inspirado vou embora,
Sem saber se volto como agora,
A ter o meu coração correspondido,
Por quem nesse momento me adora.
Do poeta: Paulo de Andrade
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