Todo o morro entendeu
quando Zelão chorou
ninguém riu, ninguém brincou
e era Carnaval
No fogo de um barracão
só se cozinha ilusão
restos que a feira deixou
e ainda é pouco só.
Mas assim mesmo Zelão
dizia sempre a sorrir
um pobre ajuda outro pobre
até melhorar
Choveu, choveu,
e a chuva botou sem barraco
no chão
nem foi possível
salvar violão
que acompanhou morro abaixo
a canção
das coisas todas
que a chuva levou
pedaços tristes do seu coração
de Sérgio Ricardo
in Sertão & Favelas, de Zélia Barbosa
QUERO MUSICA NÃO POEMAS IDIOTAS
ResponderEliminarNós aqui também queremos música. Com poesia. Mas dispensamos idiotas.
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