Simplesmente não é possível que as políticas infligidas à Grécia, Irlanda e agora Portugal reduzam o fardo da dívida daqueles países – acontecerá exactamente o oposto, como se viu desde a Zâmbia, na década de 1980, até a Argentina, no princípio da última década. Políticas semelhantes àquelas que estão a ser infligidas à Europa viram o rácio dívida/PIB da Zâmbia duplicar na década de 80 quando a economia se contraiu. A Argentina incumpriu as suas dívidas maciças em 2011, após uma recessão de três anos provocada pelas políticas do FMI. Tal como à Irlanda, hoje, disseram à Argentina que havia ido longe demais, apesar de a dívida ter disparado por causa de um desastroso conjunto de privatizações e de um atrelamento da divisa impingido ao país pelo mesmo FMI. A economia só começou a recuperar um mês após o incumprimento.Não há dúvida, os povos têm de se levantar contra este roubo. O movimento de contestação às políticas do FMI e da CE já começou na Grécia, na Irlanda e até na Espanha. E nós, vamos resignar-nos? Rejeitamos o Programa do FMI e da Comissão Europeia, nas ruas e nas eleições de 5 de Junho, ou aceitamos ser depenados até ao último cêntimo? Queremos democracia ou bancarrota? A resposta é nossa.
Então, por que é que estas políticas ainda estão a ser prosseguidas? Quase todos os comentadores souberam desde o primeiro dia que os pacotes de "ajuda" não tornariam sustentáveis as dívidas da Grécia ou da Irlanda. Mas […] este não é o problema em causa. O problema em causa é recuperar tanto dinheiro dos investidores quanto possível, por mais responsáveis pela crise que eles tenham sido, e transferir o passivo para a sociedade. Excerto de um artigo de Nick Dearden, Director da Jubilee Debt Campaign,
quinta-feira, maio 19, 2011
Democracia ou bancarrota?
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