Após trinta anos de alternância do P"S" e do P"SD" no poder, vinte e dois de integração europeia e muitos milhões de fundos comunitários delapidados, Portugal afunda-se literalmente na cauda da Europa, com um PIB per capita que o coloca em vigésimo lugar entre os vinte e sete estados-membros da União Europeia.
Só para termos uma ideia da desgraça, basta compararmo-nos com os três países que, no final dos anos 80, apresentavam uma situação semelhante à nossa e que, como Portugal, beneficiaram do Fundo de Coesão: a Irlanda está em segundo lugar, a Espanha, em décimo segundo, e a Grécia (na altura atrás de nós), em décimo quarto.
Porém, se isto já é muito grave, é de todo inaceitável, direi mesmo revoltante que, logo a seguir à Letónia, o nosso país registe a maior disparidade entre o rendimento dos mais pobres e o dos mais ricos.
E, como se tal não bastasse, um Relatório da Comissão Europeia conclui que Portugal, logo a seguir à Polónia, é o país da UE onde o risco de pobreza infantil é maior, com uma em cada cinco crianças nessa dramática situação.
Perante estes factos, só há uma coisa que não se percebe: como o é que a maioria do povo português continua a dar o seu voto aos responsáveis por este verdadeiro crime?
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