quarta-feira, dezembro 14, 2005

Saddam: que "julgamento"?

"O conceito, o pessoal, o financiando e as funções do Tribunal Especial Iraquiano foram escolhidos e são ainda controlados pelos Estados Unidos, dependendo da sua vontade e dos seus desejos particulares. Isso contribui para corromper a justiça, de fato e na aparência, e criar mais ódio e somente um outro tribunal, que seja realmente competente, independente e imparcial, pode realizar um julgamento de acordo com a Lei.
Qualquer tribunal que considerar as acusações de crimes contra Saddam Hussein deve ter o poder e o mandato de considerar igualmente as acusações contra os líderes e o pessoal militar dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e das outras nações que participaram na agressão contra o Iraque, se a igualdade da Justiça perante a Lei ainda tem algum significado.
Nenhum poder, ou pessoa, podem estar acima da lei. Para que haja paz, os dias da "Justiça" do vencedor têm de acabar. A defesa de um caso destes é um desafio de grade importância para a Verdade, o primado da Lei e a Paz. Um advogado qualificado para esta tarefa e capaz de empreendê-la, se for escolhido, deve aceitar este serviço como o seu dever mais elevado."
Ramsey Clark, ex-advogado geral (attorney general) do antigo Presidente Lyndon B. Johnson

Condoleezza Rice, no entanto, acusou ontem a comunidade internacional de boicotar o "julgamento" do antigo ditador iraquiano Saddam Hussein e de ter feito pouco para o perseguir na justiça.
Percebe-se este frenesim da Casa Branca em "julgar" Saddam depressa e de qualquer forma, ou antes, da forma que melhor convém a George Bush e aos seus capangas, ilibando-os da destruição e do genocídio que perpetraram no Iraque!
É que Saddam, que os americanos criaram e colocaram no Poder, sabe demais…

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