domingo, junho 17, 2012

Contra a austeridade, a Esquerda perdeu mas não verga

Afinal a Direita pró-troika venceu na Grécia. Mas a vitória foi por pequena margem e não é clara ainda a composição do governo presidido pela Nova Democracia. Com este resultado, uma aliança dos partidos que apoiam a troika, a Nova Democracia e o Pasok, permite a formação de um governo maioritário – devido ao bónus de 50 deputados que a ND conquista por ficar em primeiro lugar. O Pasok, porém, já veio dizer que só aceita ir para o governo se a Syriza também for, o que já foi descartado pela coligação da Esquerda.


Alexis Tsipras, líder da coligação, reconheceu a derrota eleitoral mas insistiu que a única maneira de sair da crise é reverter as medidas de austeridade e garantiu que a Syriza se oporá a uma aliança dos poderes do passado, dentro e fora do país.
“Centenas de milhares de pessoas hoje quebraram o medo. A Syriza enviou ao mundo uma forte mensagem contra a política do memorando. A Syriza garante uma forte oposição contra um governo fraco. Não trairemos a confiança do povo grego.”, declarou.

1 comentário:

  1. Baralha e volta a dar... está tudo igual, na minha modesta opinião. Tirando o desgaste e a tristeza estampada em murais no facebook.
    Só gostava de tentar perceber porque é que a democracia burguesa e ao serviço do sistema é condenada umas vezes e elogiada e/ou empolgada noutras...
    Nunca as eleições resolveram nada em lado nenhum do mundo. Podem trazer patamares interessantes para as lutas a travar: ver exemplo das eleições ontem em França e que permitirão (já com resultados visíveis) algumas cedências do capitalismo.
    Mas jamais serão determinantes para a sociedade justa, livre e independente que nós revolucionários de sempre queremos e lutamos!
    Quando se fala em Syriza até parece que se está a falar de milagres... e agora que o milagreiro perdeu há que acusar o KKE ... esqueceram-se de acusar a abstenção (por exemplo) que é bem mais representativa em números.
    Vamos continuar a lutar pelo mundo que queremos e chamá-lo pelo nome certo: contra o capitalismo, pela liberdade, pela independência.
    Em que a única coisa que distinga as pessoas seja o conhecimento, a vontade e a liberdade.
    Uma sociedade nova e um Homem novo.

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