sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Votar Sim! Sem hesitar…

1 comentário:

  1. Segundo os dados da própria Comissão Europeia (CE) recentemente publicados “a parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta.”


    É esta a Europa “civilizada e respeitadora dos direitos humanos”, com a grande maioria dos seus cidadãos, os trabalhadores dos seus países, a usufruir cada vez menos da riqueza produzida, a que nos associámos agora na prática do aborto livre.


    Temos assistido nos últimos tempos quanto reclamam “os detentores do capital”, (para usar a terminologia da CE), da duração das licenças de parto que consideram exagerada (tendo por princípio que qualquer tempo para a classe empresarial será sempre excessivo). Receber salário sem trabalhar é coisa que vai contra os seus princípios.


    Quantos empresários não colocam como aceitação de emprego, que as mulheres se comprometam a não engravidarem? A prática do aborto é assim muito desejável pela classe empresarial, pela simples razão que em condições iguais, haverá sempre aumento de lucro quando não haja lugar a licenças dos seus trabalhadores.


    É este “estado civilizacional avançado” a que chegámos agora, dizem-nos, com a aprovação do aborto livre. E para espanto de alguns, com os partidos de “esquerda”, PCP, BE, e a própria CGTP, na vanguarda desta luta pelo aborto livre.


    Por um lado, luta-se e bem pela conservação das pinturas rupestres, expressão elevada da obra humana e dos seus valores, luta-se e bem pela conservação dos ninhos das cegonhas como expressão da vida e dos valores naturais. E todas as forças políticas que encabeçam estas lutas, são aquelas que agora se manifestam contra os valores da vida..


    O aborto é de facto uma barbárie que se comete contra um ser indefeso. Uma prática indigna do Homem do século XXI. Parecendo progressista revela em realidade uma atitude retrógrada perante a vida e a sociedade.


    Deveria então ser penalizada a mulher por cometer um aborto? Sim, mas como não nos encontramos na idade da pedra, essa penalização poderá e deverá consistir em outros meios de penalização que não as grilhetas nos pés ou as grades de uma prisão, num tribunal específico para estes casos e com penas desde a obrigatoriedade da mulher estar presente em duas consultas de planeamento familiar por ano, até ao cumprimento de trabalho cívico em apoio de mães, doentes e familiares nos serviços de saúde do Estado.


    Não restarão muitos anos para que os povos europeus se assumam contra o aborto livre.

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