sábado, outubro 29, 2005

Quem não é profissional não merece reforma!

"Quando um candidato diz que não é político profissional, o que é quer que dizer com isso? Não foi político profissional durante os dez anos em que foi primeiro-ministro? Então porque tem direito à reforma de antigo primeiro-ministro?”, interrogou-se hoje Mário Soares, durante a apresentação da Comissão Nacional de Honra da sua candidatura, referindo-se ao candidato da Direita, Cavaco Silva.

Pegando no mote de Soares, é caso para dizer que se Cavaco não se considera um político profissional lá saberá porquê! E nós também…

Dos dez anos da sua "governação", oito foram com maiorias absolutas e condições absolutamente excepcionais e irrepetíveis — fundos comunitários em barda, receitas chorudas da venda das empresas públicas, petróleo ao preço da chuva, dólar barato, economia internacional em expansão — e, apesar disso, enquanto a Irlanda e a Espanha, na altura, ao nosso nível, se desenvolveram a olhos vistos, o melhor que nós conseguimos com o "milagre cavaquista" foi betão, asfalto e corrupção!

Como se vê, apesar da sua laureada sapiência que o levou a proferir a “célebre” frase “raramente tenho dúvidas e nunca me engano”, foi nisto que deu o “profissionalismo” do professor Cavaco. Na realidade, muito pouco para merecer a reforma de antigo primeiro-ministro, paga por todos nós!…

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