No último programa Prós e Contras da televisão que é paga por nós, não há dúvida que tudo foi "bem preparado" para dar mais uma sova mestra no movimento sindical e imolar os funcionários públicos, quais bodes expiatórios, no altar do alegado saneamento das contas públicas.
A "preparação" e o "ritmo" do programa — que bem podia chamar-se Prós e Prós — foram tais que o "diversificado" painel de doutos economistas passou o tempo a cantar hossanas, a uma só voz, ao "governo" de José Sócrates e ao Orçamento de 2006. O mar estava de tal forma pejado de tubarões que outra coisa não restou ao desamparado José Ernesto Cartaxo, da CGTP-IN, senão saltar fora de água…
E pronto. Ficámos de uma vez por todas a saber que, em nome da "igualdade" e da "sustentabilidade" da segurança social, a sanha "justiceira" do governo será implacável: todos os funcionários públicos, sem excepções, terão de trabalhar até aos 65 anos. Mesmo que tenham de andar de bengala por causa do reumático, usar fralda para a incontinência ou tomar fósforo para a perda de memória.
A queda progressiva da produtividade devido ao envelhecimento não interessa nada! O que importa agora é poupar uns milhões, mais tarde ver-se-á.
Entretanto, os portugueses (ou melhor, os tugas, que os portugueses são uma espécie em vias de extinção…), designadamente os trabalhadores do sector privado, toldados por um congénito e mesquinho sentimento de inveja, aplaudem, não querendo nem sequer saber que há profissões que, por lidarem com pessoas, vidas, sentimentos, são particularmente exigentes, não só do ponto de vista físico, mas sobretudo, do ponto de vista intelectual e emocional. Claro que, se lhes sair na rifa um funcionário caquéctico como professor dos filhos, médico da família ou polícia de giro, já não irão achar tanta "piada"!
O que não nos disseram (mas nós sabemos) é que a "sustentabilidade" da segurança social há muito foi posta em causa por dezenas, centenas, milhares de empresários que, criminosamente, não entregaram as suas comparticipações e, mais criminosamente ainda, se abotoaram com os descontos dos trabalhadores!
O que não nos disseram (mas nós sabemos) é que dezenas, centenas, milhares de empresários não cumprem as suas obrigações fiscais enquanto aos trabalhadores por conta de outrem nem um cêntimo de IRS é perdoado!
O que não nos disseram (mas nós sabemos) é que dezenas, centenas, milhares de "boys" foram desavergonhadamente contemplados com mordomias, prebendas e sinecuras de toda a espécie por uma "governação" que não tem um pingo de pudor em exigir todos os sacrifícios sempre aos mesmos!
Mas é claro que, para o Governo e para os seus "comissários políticos", tudo isto são minudências sem qualquer importância!!!
Enfim, Mário Soares ficou tristemente célebre por ter metido o socialismo na gaveta!
Agora Sócrates criou o "socialismo oblíquo": sacrifícios para a plebe; regabofe e privilégios para uma minoria. Ou não fosse Portugal, como foi confirmado no dia Mundial da Erradicação da Pobreza, o país da UE com maior desigualdade social, onde os ricos são os mais ricos e os pobres são os mais pobres, e um quinto da população vive no limiar da pobreza!…
A "preparação" e o "ritmo" do programa — que bem podia chamar-se Prós e Prós — foram tais que o "diversificado" painel de doutos economistas passou o tempo a cantar hossanas, a uma só voz, ao "governo" de José Sócrates e ao Orçamento de 2006. O mar estava de tal forma pejado de tubarões que outra coisa não restou ao desamparado José Ernesto Cartaxo, da CGTP-IN, senão saltar fora de água…
E pronto. Ficámos de uma vez por todas a saber que, em nome da "igualdade" e da "sustentabilidade" da segurança social, a sanha "justiceira" do governo será implacável: todos os funcionários públicos, sem excepções, terão de trabalhar até aos 65 anos. Mesmo que tenham de andar de bengala por causa do reumático, usar fralda para a incontinência ou tomar fósforo para a perda de memória.
A queda progressiva da produtividade devido ao envelhecimento não interessa nada! O que importa agora é poupar uns milhões, mais tarde ver-se-á.
Entretanto, os portugueses (ou melhor, os tugas, que os portugueses são uma espécie em vias de extinção…), designadamente os trabalhadores do sector privado, toldados por um congénito e mesquinho sentimento de inveja, aplaudem, não querendo nem sequer saber que há profissões que, por lidarem com pessoas, vidas, sentimentos, são particularmente exigentes, não só do ponto de vista físico, mas sobretudo, do ponto de vista intelectual e emocional. Claro que, se lhes sair na rifa um funcionário caquéctico como professor dos filhos, médico da família ou polícia de giro, já não irão achar tanta "piada"!
O que não nos disseram (mas nós sabemos) é que a "sustentabilidade" da segurança social há muito foi posta em causa por dezenas, centenas, milhares de empresários que, criminosamente, não entregaram as suas comparticipações e, mais criminosamente ainda, se abotoaram com os descontos dos trabalhadores!
O que não nos disseram (mas nós sabemos) é que dezenas, centenas, milhares de empresários não cumprem as suas obrigações fiscais enquanto aos trabalhadores por conta de outrem nem um cêntimo de IRS é perdoado!
O que não nos disseram (mas nós sabemos) é que dezenas, centenas, milhares de "boys" foram desavergonhadamente contemplados com mordomias, prebendas e sinecuras de toda a espécie por uma "governação" que não tem um pingo de pudor em exigir todos os sacrifícios sempre aos mesmos!
Mas é claro que, para o Governo e para os seus "comissários políticos", tudo isto são minudências sem qualquer importância!!!
Enfim, Mário Soares ficou tristemente célebre por ter metido o socialismo na gaveta!
Agora Sócrates criou o "socialismo oblíquo": sacrifícios para a plebe; regabofe e privilégios para uma minoria. Ou não fosse Portugal, como foi confirmado no dia Mundial da Erradicação da Pobreza, o país da UE com maior desigualdade social, onde os ricos são os mais ricos e os pobres são os mais pobres, e um quinto da população vive no limiar da pobreza!…
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