Hoje comemora-se o Dia Mundial da Poupança, mas os portugueses, cujo endividamento passou de 20 por cento do rendimento disponível, em 1990, para 118 ( ! ) por cento, em 2004, não têm dinheiro para festas. E no próximo ano será pior: o Banco de Portugal prevê que a taxa de poupança caia para o valor mais baixo dos últimos seis anos.
A situação é particularmente preocupante para 2123 famílias portuguesas que, por estarem sobreendividadas, não conseguem fazer face às suas dívidas vencidas ou vincendas.
São as dramáticas consequências do desemprego e da precariedade do emprego que assolam a nossa globalizada e frágil economia.
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Se é verdade que cada vez mais as pessoas necessitam de recorrer ao crédito para fazer face às necessidades básicas para as suas vidas, também não é menos verdade que muitas pessoas se endividam por falta de consciência financeira. o crédito fácil ajuda, mas a falta de educação e de bom senso também impera.
ResponderEliminarCaro Humberto, o que diz não deixa de ser verdade mas não pode ser desenquadrado do cenário de facilitismo consumista e de falsas expectativas de recuperação económica em que as famílias são induzidas. Além do que, não me parece que sejam as famílias as culpadas (antes as vítimas) dos flagelos do desemprego ou da sua precariedade.
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