segunda-feira, junho 15, 2009

O cinismo sionista não tem limites

A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.
É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está acontecendo na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico.
(Mahatma Gandhi, 1938)

Apesar das palavras sábias de Gandhi, o Estado judaico viria a ser criado na Palestina, em 1948, com base numa vergonhosa resolução da ONU e o apoio das grandes potências mundiais.
A tragédia que daí resultou, passados sessenta anos, está hoje à vista: o esquartejamento e roubo do território palestino com a abusiva implantação de colonatos hebraicos, a transformação da pátria palestina num imenso campo de concentração onde não falta sequer um muro de alta segurança e check-points por todo o lado, o massacre sistemático dos palestinos e a destruição dos seus lares e infraestruturas através de um hediondo terrorismo de Estado (como recentemente aconteceu na Faixa de Gaza). Ou seja, ao povo que ali vive há milhares de anos ainda hoje não é reconhecido — pelo menos pelos sionistas israelitas — o direito elementar a ter uma pátria livre e independente.
Agora, certamente em resposta aos apelos de Obama, o Primeiro-ministro israelita vem dizer que aceita a criação de um Estado palestino se for desmilitarizado e que não serão construídos novos colonatos.
É caso para perguntar: que legitimidade tem um país armado até aos dentes e que ocupa territórios alheios, para fazer este tipo de exigências e declarações?
E ainda, retomando um comentário que li algures: como se defende um Estado desmilitarizado das bárbaras agressões de que frequentemente é vítima???…
O cinismo sionista não tem limites.

2 comentários:

  1. A ignorancia falou!

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  2. Não gosto de responder a anónimos mas abro uma excepção…

    Realmente, para os verdadeiros ignaros, é muito mais fácil acusar os outros de ignorantes do que demonstrar-lhes que não têm razão. Procurar a verdade dá trabalho…

    Passe bem.

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