quinta-feira, janeiro 22, 2009

Presidente Obama

Obama, nos seus múltiplos discursos e entrevistas, disse tanto de si mesmo, com tanta convicção e sinceridade, que a todos já nos parece conhecê-lo intimamente e desde sempre.(*) É por isso que, embora admita que ele possa vir a não acertar sempre, porque errar é próprio do homem, estou certo que o 44.º Presidente dos Estados Unidos intentará resolver os tremendos problemas que herdou da criminosa e pior administração da história da América: uma economia exangue que atirou o mundo para a maior depressão económica de que há memória, depois do colapso de 1929, e uma paranóia securitária e militarista que, em nome de um suposto combate ao terrorismo que, verdadeiramente, serviu para esconder a gula do complexo-industrial americano pelo petróleo e pela venda de armamento, outra coisa não fez senão aumentar a guerra, a insegurança e a incerteza de todos quanto ao futuro.

São todos estes crimes, assim podemos classificar as decisões tomadas pelo genocida, infelizmente inimputável, George W. Bush, que Obama, seguramente tentará reparar. E já hoje, sem tempo para descansar dos festejos da cerimónia da sua investidura, teve um primeiro dia pleno de trabalho e tomou importantes decisões que se destacam pelo seu enorme significado político:
  • a aprovação de leis para garantir a transparência da sua administração;
  • o compromisso em trabalhar activamente para a paz israelo-árabe desde o início do seu mandato; e
  • a suspensão dos julgamentos na prisão de Guantánamo, durante 120 dias, admitindo o seu encerramento dentro de um ano.
Fica claro, se dúvidas ainda houvesse, que Obama é um homem de princípios, valores, convicções e se baterá denodamente por eles. Mais com a força da razão do que, como fez o seu antecessor, usando e abusando da razão da força.
Só assim a América recuperará o seu prestígio e o Mundo ficará, seguramente, melhor.

Em Portugal, com a actual governação e a que com ela tem alternado (se de verdadeira alternância podemos falar, tão parecidas que elas são), nada de novo, a não ser o fato Armani do senhor engenheiro Sócrates e as gaffes bolorentas da doutora Ferreira Leite. Por muitos, intermináveis e penosos anos (ou não — está nas nossas mãos!).

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