domingo, novembro 30, 2008
Ordem??? Já chega a do Governo…
Acabei de receber uma mensagem a informar que um tal Filipe do Paulo, militante do PS e presidente da chamada Pró-Ordem dos Professores, na sequência da reunião do partido do Governo, no Largo do Rato, passou-se para as hostes adversárias e renunciou à greve de dia 3.
Não é grave… Como acabei de confirmar, através de uma busca no Google, a Pró-Ordem não existe. É apenas o senhor Filipe do Paulo, o qual, obviamente, não tem qualquer peso no universo de 145 000 professores.
Aliás, a querer meter-nos na ordem, já chega o Governo. Só que nós não estamos para aí virados!
Na quarta-feira vamos todos dar a resposta que esta gentinha merece: FAZER UMA ESMAGADORA GREVE!
Não é grave… Como acabei de confirmar, através de uma busca no Google, a Pró-Ordem não existe. É apenas o senhor Filipe do Paulo, o qual, obviamente, não tem qualquer peso no universo de 145 000 professores.
Aliás, a querer meter-nos na ordem, já chega o Governo. Só que nós não estamos para aí virados!
Na quarta-feira vamos todos dar a resposta que esta gentinha merece: FAZER UMA ESMAGADORA GREVE!
3/12: o que está em causa é muito!
O que está em causa é muito. Se os professores recuarem, nunca mais poderão contestar o ECD, a divisão da profissão em duas categorias, as quotas e a avaliação burocrática em todo o seu "esplendor". Se recuarem e o PS voltar a ganhar com maioria absoluta, só poderão esperar mais infortúnio, humilhação e apoucamento.
É por tudo isto que a adesão total à greve do dia 3/12 é tão necessária. ler mais
É por tudo isto que a adesão total à greve do dia 3/12 é tão necessária. ler mais
Ramiro Marques, ProfAvaliação
Sócrates está nervoso
José Sócrates referiu, ontem, que a avaliação dos professores é uma questão do primeiro-ministro, do Governo e também do partido, não podendo ser encarada como um problema sectorial. O Primeiro-Ministro percebeu finalmente que a contestação ao monstro criado pelo seu Ministério da Educação para avaliar (leia-se grelhar) os professores não é obra de umas dezenas de perigosos sindicalistas mas de toda uma classe profissional, cansada de ser desautorizada, maltratada, humilhada. Por isso, assume, ele próprio, o comando das tropas e manda Jorge Pedreira "pedir" aos sindicatos que se sentem à mesa porque "a disponibilidade [do Governo] para negociar é total".
Depois da reunião de sexta-feira, em que os sindicatos de professores foram unânimes na exigência da suspensão do simplex e, por seu lado, a Ministra da Educação fechou a porta à possibilidade de negociar uma solução alternativa, Sócrates está visivelmente nervoso.
Neste momento, o seu problema já não é — verdadeiramente nunca o foi — a avaliação dos professores. O problema do Primeiro-Ministro é a hipótese, mais do que provável, de ter que deixar cair Maria de Lurdes Rodrigues e meter o simplex na gaveta (com tudo o que isso representa de prejuízo eleitoral). O nosso, pelo contrário, é pôr fim ao pesadelo criado pelo ME e recuperar a calma para a Escola.
Para tal, temos de fazer greve no dia 3 de Dezembro. E, se for preciso, repetirmos a dose no dia 10. Vamos a isso!
Depois da reunião de sexta-feira, em que os sindicatos de professores foram unânimes na exigência da suspensão do simplex e, por seu lado, a Ministra da Educação fechou a porta à possibilidade de negociar uma solução alternativa, Sócrates está visivelmente nervoso.
Neste momento, o seu problema já não é — verdadeiramente nunca o foi — a avaliação dos professores. O problema do Primeiro-Ministro é a hipótese, mais do que provável, de ter que deixar cair Maria de Lurdes Rodrigues e meter o simplex na gaveta (com tudo o que isso representa de prejuízo eleitoral). O nosso, pelo contrário, é pôr fim ao pesadelo criado pelo ME e recuperar a calma para a Escola.
Para tal, temos de fazer greve no dia 3 de Dezembro. E, se for preciso, repetirmos a dose no dia 10. Vamos a isso!
sábado, novembro 29, 2008
Escola Pública e impunidade
Os resultados da política (supostamente) educativa do Governo Sócrates, assente na desvalorização do papel do professor e na sua completa desautorização, aliada ao laxismo e permissividade com que trata a indisciplina na Escola, estão à vista. E sentem-se na pele.
Não tenho nada contra a escola inclusiva na medida em que "reconhece que todas as crianças podem aprender". O que é de todo inaceitável é a tolerância, a impunidade e mesmo a protecção de que gozam os que não querem aprender e, mais grave do que isso, com o seu comportamento indisciplinado e violento, ameaçam a segurança da Escola e põem em risco a integridade dos que nela convivem diariamente.
Infelizmente, é este o paradigma de Escola Pública, do actual Governo.
Não tenho nada contra a escola inclusiva na medida em que "reconhece que todas as crianças podem aprender". O que é de todo inaceitável é a tolerância, a impunidade e mesmo a protecção de que gozam os que não querem aprender e, mais grave do que isso, com o seu comportamento indisciplinado e violento, ameaçam a segurança da Escola e põem em risco a integridade dos que nela convivem diariamente.
Infelizmente, é este o paradigma de Escola Pública, do actual Governo.
Direito à Greve — FAQ's
Por vezes, procurando condicionar o direito à greve, alguns serviços e/ou dirigentes da administração educativa informam incorrectamente os educadores e professores sobre os procedimentos a adoptar em dia de greve.
Em síntese, as perguntas e respostas frequentes sobre a adesão à greve são as seguintes:
Em síntese, as perguntas e respostas frequentes sobre a adesão à greve são as seguintes:
- Os professores têm de pedir autorização ou comunicar previamente a sua adesão à greve? - NÃO!
- Tem de se ser sindicalizado para poder aderir à greve? - NÃO.
- Um professor pode aderir à greve no próprio dia? - SIM.
- O professor tem de estar no local de trabalho durante o período de greve? - NÃO.
- O professor tem de justificar a ausência ao serviço em dia de greve? - NÃO.
- A adesão à greve fica registada no Processo Individual do Professor? - NÃO.
- Há alguma penalização na carreira pelo facto de um professor ter aderido à greve? - NÃO.
- O dia não recebido é considerado para efeitos de IRS? - NÃO.
- Os membros dos órgãos de gestão podem aderir à greve não comparecendo na escola? - SIM.
- Os Professores Contratados podem aderir à greve apesar da sua situação laboral de grande instabilidade? - SIM.
- Os Professores das AEC também podem aderir à greve? - SIM.
- Os Professores dos CEF, EFA, CNO, Cursos Profissionais, podem fazer greve? - Sim.
- Os Professores e os Educadores de Infância podem ser substituídos em dia de greve? - NÃO!
Senhor Presidente da República…
E se, para variar, depois de ler esta carta, fizesse alguma coisinha?
Suponho que ainda estamos num regime semi-presidencialista, em que é suposto o Presidente da República ter não só a legitimidade mas o dever de exercer uma magistratura de influência junto do Governo, designadamente, apelando ao bom-senso e equidade na sua actuação!…
É que, se o Chefe de Estado só serve para proceder a inaugurações e conceder condecorações, uma monarquia chegava perfeitamente. E sempre nos ficava mais barato.
Digo eu, que até sou republicano…
Suponho que ainda estamos num regime semi-presidencialista, em que é suposto o Presidente da República ter não só a legitimidade mas o dever de exercer uma magistratura de influência junto do Governo, designadamente, apelando ao bom-senso e equidade na sua actuação!…
É que, se o Chefe de Estado só serve para proceder a inaugurações e conceder condecorações, uma monarquia chegava perfeitamente. E sempre nos ficava mais barato.
Digo eu, que até sou republicano…
sexta-feira, novembro 28, 2008
Greve: (também) uma questão de contas
Para mim, fazer greve é, antes de tudo, uma questão de princípios. E, também, de estratégia para alcançar objectivos que, neste caso e na minha opinião, são inteiramente justos.
Admito, no entanto, que, num tempo de dificuldades económicas generalizadas, a decisão de fazer greve passe, para alguns, por um exercício de contabilidade.
Aos colegas que, eventualmente, estejam já a fazer contas ao dinheiro que perderão se aderirem à greve de dia 3 de Dezembro, recomendo-lhes, por isso, a leitura atenta deste texto, onde se demonstra que "o novo regime do estatuto da carreira docente vai custar aos professores entre 25% e 50% do valor de ordenados que potencialmente viriam a receber ao longo da sua vida profissional".
Um, dois ou até mais dias de greve, será sempre, portanto, um pequeno preço a pagar não apenas para suspender esta "avaliação" descabelada, mas também para ajudar a acabar com a divisão arbitrária da carreira docente que, a manter-se, causará um prejuízo infinitamente maior, no futuro, a todos nós.
Pensem nisto.
Admito, no entanto, que, num tempo de dificuldades económicas generalizadas, a decisão de fazer greve passe, para alguns, por um exercício de contabilidade.
Aos colegas que, eventualmente, estejam já a fazer contas ao dinheiro que perderão se aderirem à greve de dia 3 de Dezembro, recomendo-lhes, por isso, a leitura atenta deste texto, onde se demonstra que "o novo regime do estatuto da carreira docente vai custar aos professores entre 25% e 50% do valor de ordenados que potencialmente viriam a receber ao longo da sua vida profissional".
Um, dois ou até mais dias de greve, será sempre, portanto, um pequeno preço a pagar não apenas para suspender esta "avaliação" descabelada, mas também para ajudar a acabar com a divisão arbitrária da carreira docente que, a manter-se, causará um prejuízo infinitamente maior, no futuro, a todos nós.
Pensem nisto.
Greve: o Governo assim o quis!
Como aqui previra — e não é preciso ser bruxo nem vidente — não houve entendimento entre os sindicatos e o Ministério da "Educação".
Os professores e os seus representantes de classe continuam a exigir a suspensão da "avaliação" burocrática, como forma de devolver a indispensável tranquilidade às escolas e dar tempo à construção de um modelo de avaliação mais justo, formativo, exequível e adequado à especificidade do sector do Ensino.
O Governo, acima de tudo preocupado com as estatísticas, as despesas com a Educação e a agenda eleitoral, persiste na sua irresponsável teimosia, mesmo sabendo que, desse modo, está a semear o caos na Escola Pública, não só em prejuízo dos professores, mas também dos alunos e das suas famílias.
A guerra — porque de guerra se trata, não há dúvida — continua. E a próxima batalha é já no dia 3 de Dezembro:
Vamos todos parar as escolas! O Governo assim o quis!
Os professores e os seus representantes de classe continuam a exigir a suspensão da "avaliação" burocrática, como forma de devolver a indispensável tranquilidade às escolas e dar tempo à construção de um modelo de avaliação mais justo, formativo, exequível e adequado à especificidade do sector do Ensino.
O Governo, acima de tudo preocupado com as estatísticas, as despesas com a Educação e a agenda eleitoral, persiste na sua irresponsável teimosia, mesmo sabendo que, desse modo, está a semear o caos na Escola Pública, não só em prejuízo dos professores, mas também dos alunos e das suas famílias.
A guerra — porque de guerra se trata, não há dúvida — continua. E a próxima batalha é já no dia 3 de Dezembro:
Vamos todos parar as escolas! O Governo assim o quis!
O SPAM do ME
O ME deve julgar que somos estúpidos e agora enche-nos a caixa de correio electrónico com SPAM a tentar amaciar-nos o pêlo.
Na realidade, a única coisa que consegue é moer-me o juízo mas, para evitar estas tretas, vou já pôr um filtro para irem directamente para o lixo.
Na realidade, a única coisa que consegue é moer-me o juízo mas, para evitar estas tretas, vou já pôr um filtro para irem directamente para o lixo.
Vender a alma ao diabo
As equipas de apoio às escolas “em dificuldades”, são constituídas por professores que venderam a alma ao diabo e que tentam a todo o custo ajudar a ME a levar o MONSTRO ao destino: desestabilizar os docentes, amestrá-los, diabolizar as relações entre pares e atingir metas estatísticas fictícias em cada “ORGANIZAÇÃO”(EX-ESCOLAS). A linguagem que utilizam é a de especialistas em marketing, a pressão/ chantagem sobre os CD's e PCE's é intolerável, mas, mesmo assim, não conseguem responder com seriedade e convicção às questões que lhes são colocadas, pois, no fundo é indisfarçável, até para eles, que este modelo, ainda que na versão simplex, não passa de um nado morto, tais são multi deficiências de que enforma. Para os que têm estado, por força dos cargos/ funções que desempenham, mais por dentro da realidade da tentativa de implementação deste singular “modelo”, é absolutamente um dado adquirido que constitui um atentado inaceitável (até às últimas consequências) à sanidade mental dos professores deste país à beira da autofagia.
RESISTIR, é o que nos resta, até á última gota de energia. Sei do que falo, colegas.
RESISTIR, é o que nos resta, até á última gota de energia. Sei do que falo, colegas.
Mantermo-nos unidos!
"Se nós todos quisermos, paramos mesmo esta porcaria de avaliação e o governo não tem volta a dar.
Temos de ter ânimo e cabeça fria. E mantermo-nos unidos.
A primeira coisa que devemos perceber é que o tempo corre a nosso favor. Quanto mais perto das eleições menor será a margem de manobra do governo.
Outra coisa importante é manter a união. Enquanto a larga maioria dos professores de uma escola recusar mexer uma palha para fazer a avaliação, a coisa não anda mesmo. Não é possível colocar processos disciplinares a milhares de professores. Agora, se for um “herói” isolado que se põe a jeito, aí já se sabe que esta gente é manhosa, mesquinha e vingativa.
Quanto à questão de virar ou não virar a opinião pública, não vale a pena estar com grandes teorias e explicações. Basta uma frase simples: vota à esquerda ou à direita, não votes PS. Se esta mensagem for passando e convencendo, vão ver como eles se põem finos num instante. O Socas ou o que for para o lugar dele…"
Temos de ter ânimo e cabeça fria. E mantermo-nos unidos.
A primeira coisa que devemos perceber é que o tempo corre a nosso favor. Quanto mais perto das eleições menor será a margem de manobra do governo.
Outra coisa importante é manter a união. Enquanto a larga maioria dos professores de uma escola recusar mexer uma palha para fazer a avaliação, a coisa não anda mesmo. Não é possível colocar processos disciplinares a milhares de professores. Agora, se for um “herói” isolado que se põe a jeito, aí já se sabe que esta gente é manhosa, mesquinha e vingativa.
Quanto à questão de virar ou não virar a opinião pública, não vale a pena estar com grandes teorias e explicações. Basta uma frase simples: vota à esquerda ou à direita, não votes PS. Se esta mensagem for passando e convencendo, vão ver como eles se põem finos num instante. O Socas ou o que for para o lugar dele…"
quinta-feira, novembro 27, 2008
A "mercadorização" da Escola Pública
"Nos últimos anos, assistimos a uma hecatombe legislativa, contraditória e complexa, que visa, no essencial, introduzir nas escolas públicas as estratégias e os modos organizacionais das empresas que produzem bens materiais. Essa hecatombe legislativa foi preparada e legitimada por muitos especialistas em Ciências da Educação, regra geral, pessoas que estão fora do campo produtivo (fora da sala de aula) e que há muito se afastaram das ciências ou disciplinas que compõem ou fundamentam os planos de estudos das escolas básicas e secundárias."
"É por isso que a luta dos professores contra a divisão da profissão em duas categorias e contra o modelo burocrático de avaliação de desempenho é um luta civilizacional pela defesa da Escola Pública, da criatividade do acto educativo, da liberdade pedagógica e da democracia nas escolas." ler mais…
"É por isso que a luta dos professores contra a divisão da profissão em duas categorias e contra o modelo burocrático de avaliação de desempenho é um luta civilizacional pela defesa da Escola Pública, da criatividade do acto educativo, da liberdade pedagógica e da democracia nas escolas." ler mais…
Ramiro Marques, ProfAvaliação
O país acabará por nos agradecer
Enquanto os professores, num crescendo de indignação, têm vindo a manifestar-se, desde segunda-feira, de Norte a Sul, contra o modelo burocrático de avaliação, as Direcções Regionais de Educação estão há cerca de três dias a reunir-se com conselhos executivos e a dizer-lhes que têm de avançar com procedimentos "que nem sequer começaram a ser negociados".
A negociação do Ministério da Educação, como se comprova, "não existe, é um simulacro e uma farsa".
Infelizmente, por isso, a reunião de sexta-feira, entre Maria de Lurdes Rodrigues e a Plataforma Sindical, servirá apenas para tornar evidente — se dúvidas ainda houvesse — a cegueira, a intransigência e a irresponsabilidade de um Governo que, só por razões de agenda política, persiste em não suspender um modelo de avaliação que, verdadeiramente, não avalia e, pior do que isso, promove o caos e a instabilidade na Escola Pública.
Preparemo-nos, portanto, para a continuação da luta. Em defesa da Educação.
O país acabará por nos agradecer.
A negociação do Ministério da Educação, como se comprova, "não existe, é um simulacro e uma farsa".
Infelizmente, por isso, a reunião de sexta-feira, entre Maria de Lurdes Rodrigues e a Plataforma Sindical, servirá apenas para tornar evidente — se dúvidas ainda houvesse — a cegueira, a intransigência e a irresponsabilidade de um Governo que, só por razões de agenda política, persiste em não suspender um modelo de avaliação que, verdadeiramente, não avalia e, pior do que isso, promove o caos e a instabilidade na Escola Pública.
Preparemo-nos, portanto, para a continuação da luta. Em defesa da Educação.
O país acabará por nos agradecer.
O entendimento impossível (e indesejável)
Aqui e aqui, está o que a Ministra tem para nos oferecer com o Simplex II: para além da não consideração dos resultados dos alunos e do abandono escolar na avaliação (só este ano!), e do carácter facultativo das aulas assistidas para quem se contentar com a menção de Bom, é uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma; e agrava a divisão entre os professores, criando regimes de avaliação diferenciados para avaliados, avaliadores e PCE's, mantendo o funil das quotas e as castas de "titulares" e "professores".
Aqui, está o que a Plataforma Sindical vai exigir ao ME:
Por isso, é preciso estarmos conscientes e preparados para a eventual (e provável) necessidade de continuarmos a luta.
Quem calçou esta bota — não fomos nós — que a descalce…
Aqui, está o que a Plataforma Sindical vai exigir ao ME:
- Suspensão imediata do actual modelo de avaliação;
- Solução transitória para o ano em curso que evite o vazio legislativo e/ou um acto meramente administrativo; e
- Negociação de uma alternativa formativa de qualidade, cientificamente capaz e pedagogicamente adequada.
Por isso, é preciso estarmos conscientes e preparados para a eventual (e provável) necessidade de continuarmos a luta.
Quem calçou esta bota — não fomos nós — que a descalce…
As estratégias inaceitáveis do ME
Na realidade, esta equipa do ME utiliza todas as técnicas possíveis e imagináveis em matéria de propaganda, não hesitando em recorrer deliberadamente à mentira e, pior ainda, em repeti-la indefinidamente — como fazia Joseph Goebbels — na expectativa de que ela venha a ser tomada por verdade.
Esquecem que, por enquanto, ainda estamos em democracia e que não engolimos facilmente o que nos querem impingir. Como afirmarem a pés juntos que a avaliação avança quando os factos demonstram que a maioria das escolas está a suspendê-la e até o "Pai da Nação", Albino Almeida, reconheceu, no Prós e Contras, que o processo está parado por todo o lado. Ou o Secretário de Estado Pedreira, com a colaboração de certa (des)informação, garantir, como se fosse o porta-voz do Conselho de Escolas, que aquele órgão "concorda com a simplificação do modelo de avaliação de professores proposta pelo Ministério da Educação" quando não houve qualquer votação nesse sentido.
Razão tem Mário Nogueira quando lamenta que o Ministério da Educação esteja a "adoptar estratégias inaceitáveis". Em democracia — valor cada vez mais arredado da prática política dos senhores que nos governam.
Esquecem que, por enquanto, ainda estamos em democracia e que não engolimos facilmente o que nos querem impingir. Como afirmarem a pés juntos que a avaliação avança quando os factos demonstram que a maioria das escolas está a suspendê-la e até o "Pai da Nação", Albino Almeida, reconheceu, no Prós e Contras, que o processo está parado por todo o lado. Ou o Secretário de Estado Pedreira, com a colaboração de certa (des)informação, garantir, como se fosse o porta-voz do Conselho de Escolas, que aquele órgão "concorda com a simplificação do modelo de avaliação de professores proposta pelo Ministério da Educação" quando não houve qualquer votação nesse sentido.
Razão tem Mário Nogueira quando lamenta que o Ministério da Educação esteja a "adoptar estratégias inaceitáveis". Em democracia — valor cada vez mais arredado da prática política dos senhores que nos governam.
Centro: 30 000!
Às 20:00 horas de ontem, já ascendia a mais de nove mil o número de professores da Região Centro que, até essa altura, se tinham manifestado contra o modelo de avaliação do ME.
Mas esse número haveria de ultrapassar a fasquia dos vinte mil manifestantes, com os três mil de Aveiro, os mais de mil de Castelo Branco e os sete mil de Coimbra.
[Actualização - Segundo a TVI, afinal foram… 30 000!]
Uma vez mais, pode dizer-se que a indignação contra a avaliação burocrática que MLR pretende impôr teve o seu epicentro… no Centro!
E amanhã (na Região de Lisboa e Vale do Tejo) e sexta (no Sul) há mais! A luta continua!…
Mas esse número haveria de ultrapassar a fasquia dos vinte mil manifestantes, com os três mil de Aveiro, os mais de mil de Castelo Branco e os sete mil de Coimbra.
[Actualização - Segundo a TVI, afinal foram… 30 000!]
Uma vez mais, pode dizer-se que a indignação contra a avaliação burocrática que MLR pretende impôr teve o seu epicentro… no Centro!
E amanhã (na Região de Lisboa e Vale do Tejo) e sexta (no Sul) há mais! A luta continua!…
quarta-feira, novembro 26, 2008
Suspensão ou continuação da luta!
Até este momento, não houve qualquer recuo ou cedência significativa do M.E., mas apenas a tentativa de garantir a aplicação de um modelo de avaliação que os professores rejeitam e as escolas suspendem.
Os Sindicatos de Professores assumirão, sexta-feira, nas reuniões com o ME, as posições daqueles que representam:
1. Suspensão do actual modelo de avaliação! (pressuposto prévio de verificação obrigatória).
2. Negociação de uma alternativa formativa de qualidade, cientificamente capaz e pedagogicamente adequada.
Os Sindicatos admitem uma solução transitória para o ano em curso que evite o vazio legislativo e/ou um acto meramente administrativo.
Nesta matéria não há espaço para soluções intermédias, nem entendimentos que não passem pela suspensão imediata do actual modelo. É essa a vontade dos Professores e o compromisso dos Sindicatos.
A suspensão deste modelo de avaliação não pode continuar a ser adiada! A obstinação da Senhora Ministra da Educação não pode continuar a criar dificuldades ao normal funcionamento das escolas. [ler tudo aqui]
Os Sindicatos de Professores assumirão, sexta-feira, nas reuniões com o ME, as posições daqueles que representam:
1. Suspensão do actual modelo de avaliação! (pressuposto prévio de verificação obrigatória).
2. Negociação de uma alternativa formativa de qualidade, cientificamente capaz e pedagogicamente adequada.
Os Sindicatos admitem uma solução transitória para o ano em curso que evite o vazio legislativo e/ou um acto meramente administrativo.
Nesta matéria não há espaço para soluções intermédias, nem entendimentos que não passem pela suspensão imediata do actual modelo. É essa a vontade dos Professores e o compromisso dos Sindicatos.
A suspensão deste modelo de avaliação não pode continuar a ser adiada! A obstinação da Senhora Ministra da Educação não pode continuar a criar dificuldades ao normal funcionamento das escolas. [ler tudo aqui]
Os Sindicatos de Professores
É literalmente isto que os Sindicatos vão exigir à Ministra da Educação, na sexta-feira. Em defesa da Escola pública e da dignificação da função docente.
Só podemos (e devemos) apoiar.
E, no caso de rejeição do Ministério, continuar a lutar. Com a força da razão.
A agenda do PS e do Governo é as eleições; a nossa é a Educação!
Só podemos (e devemos) apoiar.
E, no caso de rejeição do Ministério, continuar a lutar. Com a força da razão.
A agenda do PS e do Governo é as eleições; a nossa é a Educação!
Hoje somos nós!
MANIFESTAÇÕES CONTRA O MODELO BUROCRÁTICO DE AVALIAÇÃO
AVEIRO – LARGO DA ESTAÇÃO DA CP – 21H00
CASTELO BRANCO – FRENTE AO TRIBUNAL – 20H30
COIMBRA – PRAÇA DA REPÚBLICA – 20H30
GUARDA – GOVERNO CIVIL – 18H00
LEIRIA – CÂMARA MUNICIPAL – 17H30
VISEU – ROSSIO – 17H00
LAMEGO – SOLDADO DESCONHECIDO – 17H00
AVEIRO – LARGO DA ESTAÇÃO DA CP – 21H00
CASTELO BRANCO – FRENTE AO TRIBUNAL – 20H30
COIMBRA – PRAÇA DA REPÚBLICA – 20H30
GUARDA – GOVERNO CIVIL – 18H00
LEIRIA – CÂMARA MUNICIPAL – 17H30
VISEU – ROSSIO – 17H00
LAMEGO – SOLDADO DESCONHECIDO – 17H00
Ontem foi o Norte
Porto – Mais de 5000 professores em protesto na Praça da República.
Viana do Castelo - Mais de meio milhar de professores concentraram-se na Praça da República.

Bragança - Praticamente "todos os professores do distrito", cerca de 2000, saíram à rua
.
Vila Real - Cerca de três mil professores protestaram contra o modelo de avaliação, na Praça do Município.
Braga - Mais de cinco mil professores pediram, na Praça do Pópulo, o fim do modelo de avaliação.
Viana do Castelo - Mais de meio milhar de professores concentraram-se na Praça da República.

Bragança - Praticamente "todos os professores do distrito", cerca de 2000, saíram à rua


Vila Real - Cerca de três mil professores protestaram contra o modelo de avaliação, na Praça do Município.
Braga - Mais de cinco mil professores pediram, na Praça do Pópulo, o fim do modelo de avaliação.
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