domingo, novembro 30, 2008

Sócrates está nervoso

José Sócrates referiu, ontem, que a avaliação dos professores é uma questão do primeiro-ministro, do Governo e também do partido, não podendo ser encarada como um problema sectorial. O Primeiro-Ministro percebeu finalmente que a contestação ao monstro criado pelo seu Ministério da Educação para avaliar (leia-se grelhar) os professores não é obra de umas dezenas de perigosos sindicalistas mas de toda uma classe profissional, cansada de ser desautorizada, maltratada, humilhada. Por isso, assume, ele próprio, o comando das tropas e manda Jorge Pedreira "pedir" aos sindicatos que se sentem à mesa porque "a disponibilidade [do Governo] para negociar é total".
Depois da reunião de sexta-feira, em que os sindicatos de professores foram unânimes na exigência da suspensão do simplex e, por seu lado, a Ministra da Educação fechou a porta à possibilidade de negociar uma solução alternativa, Sócrates está visivelmente nervoso.
Neste momento, o seu problema já não é — verdadeiramente nunca o foi — a avaliação dos professores. O problema do Primeiro-Ministro é a hipótese, mais do que provável, de ter que deixar cair Maria de Lurdes Rodrigues e meter o simplex na gaveta (com tudo o que isso representa de prejuízo eleitoral). O nosso, pelo contrário, é pôr fim ao pesadelo criado pelo ME e recuperar a calma para a Escola.
Para tal, temos de fazer greve no dia 3 de Dezembro. E, se for preciso, repetirmos a dose no dia 10. Vamos a isso!

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