terça-feira, agosto 09, 2011

O rio

Na Inglaterra, a situação está feia. Como já esteve na Grécia. Como pode vir a estar na Itália, na Espanha ou mesmo em Portugal (apesar de sermos tidos como um "povo de brandos costumes"). Até na América, que, afinal, não é assim tão diferente de Portugal ou da Grécia, como Obama nos pretendeu fazer crer.



"Do rio que tudo arrasta na sua passagem se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem", escreveu Bertolt Brecht. É o que faz a comunicação social do sistema. Dizem que se trata de vandalismo, violência gratuita, actos criminosos, dos jovens, dos "desordeiros", como agora mesmo lhes chamou José Rodrigues dos Santos. E é verdade, de certa forma. Mas não é toda a verdade!…
Por este caminho, o dia em que, não apenas os jovens, mas a esmagadora maioria da população não irá mais suportar a maldita e injusta austeridade com que os governos pretendem resolver uma crise que as pessoas não causaram, e que apenas tem servido para enriquecer imoralmente e ainda mais banqueiros e especuladores sem escrúpulos, pode chegar. Mais depressa do que o que o que se possa pensar.

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