90 anos de história na vida de um partido político é já de si um facto notável. Mas, quando esse partido foi capaz de resistir e estar sempre na primeira linha da resistência a uma longa e brutal ditadura de quase meio século, quando esse partido se empenhou intensamente na Revolução de Abril e na consagração constitucional das suas conquistas (que outros, infelizmente, têm vindo a destruir), quando esse partido conseguiu enfrentar a vingança da Direita, que devastou e incendiou as suas instalações no Verão Quente de 1975, quando esse partido conseguiu sobreviver à queda do Muro de Berlim, e à hecatombe da União Soviética e do movimento comunista internacional, quando esse partido continua a defender intransigentemente os interesses do povo português e de Portugal, esse partido só pode merecer o meu maior respeito e a minha mais profunda admiração. Mesmo que não seja seu militante. Mesmo que esteja muitas vezes em desacordo com as suas tácticas e a sua estratégia me mereça reservas.
Tinha razão o insuspeito coronel Melo Antunes quando, no rescaldo do 25 de Novembro, defendeu publicamente que "o PCP é um partido indispensável à consolidação da democracia em Portugal".
Parabéns, Partido Comunista Português!
Tinha razão o insuspeito coronel Melo Antunes quando, no rescaldo do 25 de Novembro, defendeu publicamente que "o PCP é um partido indispensável à consolidação da democracia em Portugal".
Parabéns, Partido Comunista Português!
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