terça-feira, novembro 28, 2006

Viva o Estado de Direito democrático!

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra decidiu, na passada sexta-feira, que a co-incineração em Souselas só pode avançar depois de realizada uma avaliação de impacte ambiental, dando razão à acção judicial interposta pela Câmara de Coimbra.

A decisão de avançar com a co-incineração de resíduos industriais perigosos em Souselas, povoação que, à custa da cimenteira da Cimpor ali instalada, segundo um estudo recente da Administração Regional de Saúde do Centro, regista a maior incidência de casos de bronquite crónica, doenças tumorais, endócrinas, cardíacas e diabetes, da região centro, e no Outão, cuja cimenteira da Secil, está situada em pleno Parque Natural da Arrábida, classificado como área de paisagem protegida pela própria União Europeia, é bem reveladora do respeito que este governo tem pelas pessoas e pelo ambiente que diz defender.

Contra a opinião das populações, das autarquias, das associações ambientalistas, de toda a Oposição parlamentar (enfim, mais uma cambada de "privilegiados" que estão contra o "interesse nacional" — tudo pela Nação, nada contra a Nação, lembram-se?) o governo, com a cumplicidade da sua "maioria silenciosa", insiste em cometer um grave atentado, um crime imperdoável, contra a saúde pública e o ambiente.

Só não o conseguiu ainda porque, às vezes, os Tribunais, o Estado de Direito e a democracia, funcionam. Como agora aconteceu.

Viva o Estado de Direito democrático!

1 comentário:

  1. É verdade, a co-incineração é puro negócio ao PS convém, cheira-lhes a money...
    Muito bem a Câmara de Coimbra, parabéns.

    ResponderEliminar