A propósito do debate sobre a revisão do programa do P"SD", devo confessar que é um partido do qual nunca esperei nada de bom. Como também não tenho ilusões em relação ao P"S". Ao fim e ao cabo, um e outro já demonstraram, durante os últimos 30 anos, as "maravilhas" que são capazes de fazer. Os números do Eurostat, como o algodão, não enganam.
Não me interessaria, portanto, mais esta catarse "laranja", não fora a intervenção de Pacheco Pereira, que teve duas tiradas particularmente relevantes com as quais, de certa forma, estou de acordo.
A primeira, quando refere a adopção da trilogia salazarista "Deus, Pátria e Família" por parte de Cavaco, quando foi primeiro-ministro.
O professor (de Finanças, como Salazar) nunca foi social democrata (se é que verdadeiramente alguém o é naquele partido?!…), nem sequer um verdadeiro militante do P"SD". Serviu-se apenas do partido para alcançar o poder e nele se manter (de resto, foi por "mero acaso" que ele foi eleito secretário-geral, quando foi experimentar o carro à Figueira da Foz!…). Mas isso não é de admirar em quem sempre teve horror ao discurso político e aos partidos, como recentemente ficou demonstrado na sua campanha presidencial. Como Salazar, "Tudo pela Nação, nada contra a Nação" (a sua Comissão de Candidatura era uma amostra muito significativa da "nação" que ele defende!…).
A segunda, quando afirma que "O PS vai pagar caro por governar mantendo o partido num canto" e conclui que "um partido de funcionários políticos é um desastre".
Sem dúvida que um partido de funcionários "políticos" é um desastre mas quem paga não é o PS (nem a sua clientela)! Quem paga é o país! Quem paga somos nós!
E o partido não está no canto! Bem pelo contrário! Ele é a verdadeira União Nacional de que Sócrates se serve para levar a cabo as suas "corajosas reformas".
Há apenas um "pequeno" senão: a contestação dos estudantes e dos professores, dos médicos e dos enfermeiros, dos funcionários públicos, dos trabalhadores e dos desempregados, dos consumidores e dos contribuintes, dos pequenos e médios empresários, dos magistrados judiciais e dos polícias, até dos militares — se é que não me esqueci de alguma classe de "privilegiados"?!… — mas isso resolve-se com uns processos disciplinares! Ou, se a teimosia crescer, com umas chanfalhadas da polícia de choque!…
E quanto aos chatos dos sindicatos — alguns dos quais até foram criados pelo P"S" e pelo P"SD", lembram-se? — e dos partidos da oposição, já que não se pode ilegalizá-los — e não convém, para dar a ideia de que isto ainda é uma democracia… — ficam a falar sozinhos.
A comunicação social e as sondagens fazem o resto.
Como dizia o Zeca, "o país vai de carrinho"!
Não me interessaria, portanto, mais esta catarse "laranja", não fora a intervenção de Pacheco Pereira, que teve duas tiradas particularmente relevantes com as quais, de certa forma, estou de acordo.
A primeira, quando refere a adopção da trilogia salazarista "Deus, Pátria e Família" por parte de Cavaco, quando foi primeiro-ministro.
O professor (de Finanças, como Salazar) nunca foi social democrata (se é que verdadeiramente alguém o é naquele partido?!…), nem sequer um verdadeiro militante do P"SD". Serviu-se apenas do partido para alcançar o poder e nele se manter (de resto, foi por "mero acaso" que ele foi eleito secretário-geral, quando foi experimentar o carro à Figueira da Foz!…). Mas isso não é de admirar em quem sempre teve horror ao discurso político e aos partidos, como recentemente ficou demonstrado na sua campanha presidencial. Como Salazar, "Tudo pela Nação, nada contra a Nação" (a sua Comissão de Candidatura era uma amostra muito significativa da "nação" que ele defende!…).
A segunda, quando afirma que "O PS vai pagar caro por governar mantendo o partido num canto" e conclui que "um partido de funcionários políticos é um desastre".
Sem dúvida que um partido de funcionários "políticos" é um desastre mas quem paga não é o PS (nem a sua clientela)! Quem paga é o país! Quem paga somos nós!
E o partido não está no canto! Bem pelo contrário! Ele é a verdadeira União Nacional de que Sócrates se serve para levar a cabo as suas "corajosas reformas".
Há apenas um "pequeno" senão: a contestação dos estudantes e dos professores, dos médicos e dos enfermeiros, dos funcionários públicos, dos trabalhadores e dos desempregados, dos consumidores e dos contribuintes, dos pequenos e médios empresários, dos magistrados judiciais e dos polícias, até dos militares — se é que não me esqueci de alguma classe de "privilegiados"?!… — mas isso resolve-se com uns processos disciplinares! Ou, se a teimosia crescer, com umas chanfalhadas da polícia de choque!…
E quanto aos chatos dos sindicatos — alguns dos quais até foram criados pelo P"S" e pelo P"SD", lembram-se? — e dos partidos da oposição, já que não se pode ilegalizá-los — e não convém, para dar a ideia de que isto ainda é uma democracia… — ficam a falar sozinhos.
A comunicação social e as sondagens fazem o resto.
Como dizia o Zeca, "o país vai de carrinho"!
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