terça-feira, outubro 24, 2006

O país em que vivemos

Já há muito não estamos no país da "velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha", de que fala Nicolau Santos.
Porém, com "tanto" caso de sucesso que ele aponta, parece até que não estamos num dos países mais pobres e menos desenvolvidos da UE.
Um país com valores dos mais baixos para o PIB per capita, a produtividade, os salários.
Um país com a mais baixa taxa de crescimento do PIB, a mais injusta repartição do rendimento, a mais baixa percentagem de adultos que concluíram o ensino secundário (e, no casos dos jovens, uma das mais baixas).
Um país com uma das mais baixas capitações da despesa com a protecção social, onde as famílias estão entre as que mais gastam com a alimentação e, inversamente, menos gastam em cultura e recreio.
Um país cujos gestores e empresários, segundo
insuspeita análise, são os principais responsáveis pelo seu atraso.
Um país onde a crise se "resolve" por um simples exercício de retórica ministerial.
Enfim, um país que, ao cabo de 30 anos de mediocridade governativa e outros 20 de regabofe à custa dos fundos comunitários, enquanto os seus pares se desenvolveram, permanece tristemente entre os mais atrasados da UE.

Mas é verdade!
Utilizando as palavras de NS, “É este o País em que (…) vivemos. (…) o País estatisticamente sempre na cauda da Europa (…).”
Infelizmente!…

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